Máquina de Escrever

MÁQUINA DE ESCREVER

 

Mas afinal, quem inventou a máquina de escrever? Se a máxima já popularizada "Antiguidade é Posto", prevalecer, tudo indica que Henry Mills, em 1714, ao construir um aparelho com características semelhantes ao que posteriormente se convencionou chamar de máquina de escrever, poderá ser o precursor desse invento.

Todavia, os registos parecem reflectir que pouco se conhece a respeito desse feito, ou para ser mais preciso, existe um documento escrito, uma cópia da patente concedida ao inventor, pela rainha Ana Stuart [1665 – 1714], que declarou:

Entretanto, o modelo de Henry Mill, nunca saiu do projecto, ou seja, nunca foi construído; E, sabe-se de outra tentativa ainda no século dezoito para a construção de uma máquina escrevente, por Frederico de Knaus, em Viena. Também dessa máquina não ficaram modelos, conhecendo-se sua existência apenas por uma descrição datada de 1780, que consta ter surgido em 1753.

Apenas como registo, aliás louvável por parte do inventor italiano, Pelegrino Turri, que em 1808, teria construído uma máquina, para a filha de um amigo que era cega, pudesse aprender a escrever. A bem da verdade, porém, de uma forma mais evidente, esses fatos históricos não se confirmam.

A primeira patente norte-americana consta ser de William Austin Burt, de Detroit (1829), cujo conteúdo foi destruído pelo incêndio do Escritório de Patentes de Washington, em 1836. 

Em 1843, o norte-americano Charles Thurber, de Worcester, Massachusetts, patenteou uma máquina que utilizava um jogo de barras de tipos situados em redor de uma roda de latão; esta movia-se num eixo central e o tipo, com tinta, atingia o papel, colocado sob a roda. Factor muito importante a ser registado, é que, pela primeira vez, havia um movimento longitudinal do carro, o qual, praticamente foi utilizado em quase todas as máquinas de escrever que se seguiram. Infelizmente, porém, a lentidão do sistema não possibilitou maior proliferação desse modelo de máquina de escrever.

Em 1845, Thurber efectuou algumas modificações em seu projecto, com objectivo de ajudar na escrita dos cegos, e, diga-se de passagem, que no ano antecedente, Littledale fez também, para logo a seguir, em 1849, Pierre Focault também tentar.

A partir de 1850, principalmente nos Estados Unidos e Europa, muitas foram as máquinas de escrever que surgiram, com especial destaque para: Alfred Ely Beach, de Nova York (1856); do Dr. Samuel W. Francis, também de NY, em 1857 e de John Pratt, do Alabama, residindo na época em Londres (1866).

Entretanto, foi em 1868, que surgiu a primeira máquina de escrever prática, e, o melhor, podia ser fabricada em escala industrial, resultado dos trabalhos de três inventores de Milwakee, Estado de Wisconsin, nos E.U.A.

Posteriormente, Samuel W. Soule não continuou no projecto; não temos conhecimento qual foi o ajuste feito entre os três inventores. Glidden e Sholes, prosseguiram com tamanha intensidade que em cinco anos chegaram a 30 modelos diferentes.

Leve-se em consideração também o fato de que a primeira máquina de escrever patenteada de Sholes, de 1867, é completamente diferente da lançada em 1874, e nota-se, entre a primeira e a última, um enorme avanço técnico.

  Formanda: Conceição Carvalho